sábado, 31 de julho de 2010

Vou fechar meus olhos para aquilo que não quero ver... Vou tampar meus ouvidos para o que não quero ouvir, quero apagar da minha mente tudo o que não quero lembrar, quero apagar os dejavus que já tive, quero apagar o passado... Quero parar de chorar constantemente por coisas sem importância, quero drenar esse vale de lágrimas que me ronda.

Quero ser mais alegre mais positiva, mais as velhas lembranças voltam a me cercar, as velhas histórias com finais trágicos, as velhas ideologias sem nenhum nexo. Quero jogar o baú das memórias fora e bem longe de mim... As músicas que eu escuto não expressam nada além do imenso vazio que habita dentro de minhas entranhas...

A juventude é o meu presente, mais é velha minha alma e também os sentimentos complicados e indecisos perdidos na imensidão do vazio do que chamo de alma, vazio que absolutamente nada supri, nada acalma e nada consola... Sentimentos amargurados jogados nas páginas de um livro empoeirado sobre a estante, jogados naquele disco que não escuto até o fim ou naquelas cartas em que não tenho coragem de jogar no labirinto da saudade, sentimentos que me fazem me atirar num abismo; enquanto eu me afogo em um belo copo e me mato na fumaça cinzenta, tento apenas encontrar a saída do túnel...
Mais tudo acaba no ponto aonde começou, então se é assim, na proporção que vem é a mesma que vai... e aasim vou levando, até os picos de crise diminuir, até as lágrimas pararem de escorrer, e até as dores sumirem, o coração se acalmar, a ferida cicatrizar, da mente o passado apagar e tudo voltar ao normal...

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